segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Contatos Imediatos do Segundo Grau

 

30/11/2020

Diálogo na espaçonave, ou coisa que o valha, proveniente de Andrômeda.

    Comandante (ou coisa que o valha)- Depois deste último salto por um buraco de minhoca estamos passando por uma estrela de quinta grandeza orbitada por alguns planetas. Nada parece interessante. Podemos, entretanto, já que aqui estamos, investigar mais de perto um planeta gasoso, rodeado de anéis que aparenta estar sofrendo uma grande tormenta mais ou menos na altura do seu equador.

    Imediato (ou coisa que o valha) - Espere comandante, percebo um pequeno planeta rochoso, com atmosfera significativa e de cor azulada mais próximo da estrela. Chegamos até ele? Nossos sensores indicam colônias de seres a base de carbono, como formigueiros, espalhados pela superfície sólida do planeta. Vale a pena nos aproximarmos ou enviamos nossos robôs investigadores?

    Comandante – Envie alguns robôs. Aqueles circulares que são capazes de atingir grandes velocidades mesmo sob o atrito da atmosfera para observar mais de perto sem assustá-los.

    . . . Algum tempo depois, coisa de micro segundos.

    Comandante – Não nos parece muito significativa a tormenta que assola o equador do planeta anelado. Ela tem apenas coisa de dois bilhões de anos e não ameaça em nada a integridade do planeta ou o equilíbrio do sistema planetário. E quanto ao planeta azul, continuamos nossa viagem?

    Imediato – Sim comandante, os seres que habitam o planeta azul, apesar de numerosos, são muito primitivos, segundo as informações coletadas por nossos discos voadores observadores. Não vale o esforço de tentar alguma forma de comunicação. Já passamos por tantas outras colônias inexpressivas antes. Talvez numa outra ocasião.